- Início
- Noticias
- Coluna do Wagner Gonzalez
- E agora, Tião?
- Em busca de um palco iluminado
- Mercedes faz F-1 carenado.
- F-1 chega à Rússia em clima de guerra fria.
- Na F-1 sinal dos tempos vem dos boxes.
- O futuro mais próximo.
- F-1, saiba: brasileiros seguem vencendo.
- F-1: vitória certa com piloto errado.
- Hamilton e Fangio, 5 títulos em comum.
- Circuitos de rua: Macau em destaque.
- F-1: As mudanças canadenses.
- F-e tem Massa, Di Grassi e Nelsinho.
- Os caminhos alternativos da F-E.
- A F-1 desembarca em Interlagos
- F-1 Em Interlagos: o que mudou em 47 anos?
- Hamilton vence, grid definido.
- Elétricos carregam baterias.
- Brasileiros invadem Daytona.
- Christian Fittipaldi se despede das pistas.
- Caminhos de lá e de cá.
- F-1 lança coleção primavera-verão.
- F-1: Barcelona em clima de definição.
- F1: Reflexoes da Catalunha.
- F1 renova com o passado.
- Lá como cá.
- F-1 revela o futuro.
- Aos mil chegarás.
- 1000 GP’S: Ferrari sempre fiel
- F1: Ferrari monopoliza manchetes de Baku.
- Espanha é freada de arrumação.
- Mercedes prepara revival de 1988.
- E agora, Ferrari?
- Imortal, Lauda parte aos 70 anos.
- Fábricas suspendem apoio ao Superbike.
- F-1, Rio e a eletrônica embarcada.
- Razão, emoção e contradição alinharam na F-1.
- Chá das cinco anda meio morno.
- O futuro bate à porta e o presente nas rodas.
- Patrocínios, contratos e esperanças.
- Depois da tempestade, a Hungria
- É hora de ler nas entrelinhas.
- Asas que alçam Albon derrubam Gasly.
- Verão europeu dá cor pálida ao futuro da F-1.
- Spa, dura com pneus, nem tanto com os freios
- Onde astros nascem e se apagam.
- Promessas vingadas e soluções a vingar.
- Hora de pisar nos freios.
- Noite de Cingapura esclarece e encobre.
- Nada de novo na F-1.
- A febre dos japoneses.
- Bottas vence com uma mãozinha da Mercedes.
- Brasileiras e brasileiros a caminho.
- Reportagens
- Stock Car | Um milhão de motivos pra ser grande!
- Especial 20 anos sem Ayrton Senna
- História e Velocidade
- Custo e condições para treino com Spyder Race.
- Custo e condições para treinar com Mitsubishi Lancer.
- Piloto por um dia: RS Racing abrange serviços para diferentes públicos.
- 500 Milhas do Beto Carrero | O show dentro do show.
- Carol Figueiredo
- Saudade | Ayrton Senna
- Nelson Piquet salva o Grande Prêmio do Brasil de 2011 do tédio.
- Saudade | Marco Campos, 15 anos depois.
- Como é o volante de um Stock Car
- Saudade | Homenagem a Dan Wheldon
- Diferenças entre pneu de rua e de competição
- 1ª expedição brasileira com um carro 100% elétrico
- Saudade | Gustavo Sondermann
- Ascensão da Scuderia 111 à Stock Car
- Calendário
- Princípios Editoriais
- Acesso Restrito
F-1: vitória certa com piloto errado.
Räikkönen vence em Austin, Vettel se complica e Ferrari sobrevive
Por Wagner Gonzalez
Nenhuma equipe da F-1 consegue movimentar tanta gente quanto a Ferrari: única marca presente em todos os campeonatos já disputados, a famosa Scuderia de Maranello teve um fim de semana com sabor agri-doce, algo pouco palatável aos padrões da rica gastronomia italiana. Em um fim de semana que seu piloto principal, o alemão Sebastian Vettel, voltou a cometer erros que não se espera de um tetra-campeão mundial, o finlandês Kimi Räikkönen venceu com autoridade.
Com uma boa ajuda de Max Verstappen a decisão do título de 2018 foi adiada para, possivelmente, o GP da México: a diferença de 70 pontos de Hamilton (346) sobre Vettel (276) significa que se o inglês somar cinco pontos a mais que o alemão na corrida do próximo domingo ele terá conquistado seu quinto título mundial.
Como já é sabido, Kimi Räikkönen deixa a Ferrari no final da temporada, trocando de lugar com Charles Leclerc, a sensação da temporada a bordo de um monoposto da limitada e renascente equipe Alfa Romeo-Sauber. Apesar do potencial indiscutível do jovem monegasco e dos 39 anos, completados dia 17, do finlandês, a inversão de empregos esteve longe de ser mera formalidade: além dos pilotos, dirigentes da Ferrari e, em menor escala na Sauber, foram jogados em uma frigideira, de onde saíram virtualmente selados em uma disputa de poder.
O italiano Maurizio Arrivabene iniciou sua carreira na F-1 como executivo da Philip Morris em 1984, onze temporadas antes do suíço Mattia Binotto graduar-se como engenheiro mecânico na Escola Politécnica de Lausanne e ser recrutado como engenheiro de motores para e equipe de testes de Maranello. Arrivabene só foi confirmado na Ferrari em janeiro de 2015, mas muito antes disso estava ligado à Scuderia graças ao patrocínio da tabaqueira aos carros italianos; mais, desde 2010 ele é membro da Comissão de F-1 da FIA, até 2014 como representante de patrocinadores e, posteriormente, da Ferrari. Além disso também é integrante da diretoria da Juventus, clube de futebol ligado à FCA.
Quem acompanha as corridas de F-1 pela TV já notou claramente que Arrivabene é mais que patrão de Räikkönen. Exemplo disso são as duas semanas que envolveram o GP da Itália: dias após o grupo FCA – que controla entre outras marcas a Fiat, a Chrysler e, por vias indiretas, a Ferrari -, ter anunciado a aposentadoria inesperada de do chefão Sergio Marchionne, o finlandês marcou a pole position para a corrida de Monza e Maurizio foi mostrado comemorando o feito com Mirtu Virtanen, a esposa do piloto. Dias depois foi anunciado o falecimento de Marchionne e na semana que antecedeu o GP de Cingapura foi anunciado que Charles Leclerc tomaria o lugar de Kimi Räikkönen em 2019.
Marchionne era tido como um apoiador incondicional do monegasco e seu súbito desaparecimento teve como consequência uma reviravolta nos quadros de executivos de primeira linha do grupo FCA. Nessa movida o nome de Mattia Binotto ganhou força, a Ferrari foi embrulhada em uma controvérsia sobre o uso de uma dupla bateria, Vettel deixou de repetir as boas atuações do início da temporada e no último domingo, finalmente, Räikkönen pode atuar sem se preocupar em abrir caminho para seu companheiro de equipe.
Na mesma proporção que Lewis Hamilton se aproxima de vencer esta temporada, um clima de reconstrução envolve cada vez mais o ambiente em Maranello. vencer quatro títulos consecutivos ente os anos 2010 e 2013, Sebastian Vettel desembarcou na Ferrari em 2015 com pompa, circunstância e toda a euforia de replicar a era de ouro de Michael Schumacher, que venceu cinco títulos com os carros vermelhos entre 2000 e 2004. Desde então o alemão mais jovem terminou as temporadas em terceiro (2015), quarto (2016) e segundo (2017), posição que provavelmente vai repetir este ano. Seria isto suficiente para crucifica-lo?
Não. Certamente Vettel não desaprendeu a pilotar, porém a frequência de erros que ele comete, em particular rodando nas voltas iniciais das últimas provas, não contribui para melhorar o clima, em particular em um ambiente tão susceptível a chuvas e trovoadas como é a Ferrari.
McLaren e Williams estão aí para demonstrar que um passado com épocas de dominação não garante fartura vitalícia; a própria McLaren já optou por refrear seus ânimos e suspendeu a propalada incursão na temporada da F-Indy em 2019. Pode-se assumir aqui que a chegada do brasileiro Gil de Ferran tenha contribuído para tal. Sir Frank Williams é um abnegado de carteirinha que soube construir um império de tecnologia, mas a disputa doméstica entre seus filhos para ver quem o sucederá ainda implica em solavancos e a equipe tropeça entre diferenças internas e estratégias públicas difíceis de serem sanadas.
Os grandes heróis, aqueles que tinham apelo maior que habilidade em conduzir rápido, parecem personagens que saíram de cena marcada por uma anemia galopante, a vitória de Kimi Räikkönen em Austin foi uma prova de que nem tudo está perdido. Especialmente para a Ferrari, que despediu o mocinho da sua novela atual.
Nenhum comentário ainda.
Você precisa se registrar para deixar um comentário.