F-1, saiba: brasileiros seguem vencendo.

Nos EUA Nasr é campeão da IMSA; Facco ganha rally no Paraguai

Felipe Nasr (Foto: José Mario Dias)

Felipe Nasr (Foto: José Mario Dias)

É pouco provável que a F-1 volte a ter um brasileiro alinhando nos grids de 2019, mas nem por isso os pilotos brasileiros deixam de conquistar bons resultados no Exterior e mostrando que temos bons valores em várias categorias. Depois de triunfar em categorias de base com Felipe Drugovich (Euro Formula Open) e Caio Collet (F-4 francesa), mais um título internacional foi conquistado por brasileiros, desta vez com requintes de drama, já que a vitória também poderia ter as cores nacionais. Nos Estados Unidos, o final das 10 Horas de Petit Le Mans, no circuito de Road Atlanta, teve Christian Fittipaldi e Felipe Nasr (foto de abertura, de José Mario Dias) como protagonistas dos minutos finais e terminou com o brasiliense sagrando-se Campeão Norte-Americano de Endurance, em dupla com Eric Curran.

O buggy V8 de Luis Facco e Humberto Ribeiro, vencedor na Paraguai (JJLópez/Puromotorpy)

O buggy V8 de Luis Facco e Humberto Ribeiro, vencedor na Paraguai (JJLópez/Puromotorpy)

No lado de baixo do Equador o paulista Luis Facco e o piauiense Humberto Ribeiro triunfaram no Desafio Ñeembucú, terceira etapa do Campeonato Paraguaio de Rally. Facco e Ribeiro tripularam o buggy V8 projetado e construído pela Giaffone Racing, empresa da tradicional família proprietária da JL e do kartódromo da Granja Viana, combinação que aumenta o impacto dessa vitória.

Pane seca e título

Cadillac DPi V.R de Christian liderou até duas voltas da bandeirada (José Mário Dias)

Cadillac DPi V.R de Christian liderou até duas voltas da bandeirada (José Mário Dias)

O português Filipe Albuquerque, companheiro de equipe de Fittipaldi,  liderava a prova na fase final e tudo parecia garantir mais uma vitória para o time Mustang Sampling, mas uma pane seca interrompeu o funcionamento perfeito do Cadillac DPi-VR a duas curvas da bandeirada. Dessa forma o trio completado pelo francês Tristian Vauthier terminou em quatro lugar a cerca de segundos do vencedor.

“Ficamos sem combustível faltando duas curvas e não foi nem questão de arriscar. Sabíamos que estava justo, mas achávamos que daria no limite. O carro estava na frente, mas infelizmente não deu e ficamos fora do pódio. Agora é virar a página e ir pra próxima, a minha última”, comentou Fittipaldi, que já anunciou sua retirada das pistas após as 24 Horas de Daytona em janeiro de 2019.

Brasileiros celebram título: Fittipaldi (E) cumprimenta Nasr (José Mário Dias)

Brasileiros celebram título: Fittipaldi (E) cumprimenta Nasr (José Mário Dias)

Christian, que este ano disputou apenas as provas longas e atuou como diretor esportivo da Action Express Racing, parabenizou Felipe Nasr e Eric Curran, que sagraram-se campeões do IMSA e do Campeonato Norte-americano de Endurance. Nasr e Curran, que em Road Atlanta dividiram a pilotagem com Gabby Chaves, terminaram a etapa na oitava colocação, o suficiente para a conquista do título.

“Gostaria de agradecer ao Eric, Gabby e ao Mike (Conway). Apesar do Mike não estar aqui neste final de semana, ele foi parte importante da equipe. Este foi meu primeiro ano na categoria e terminar com o título, não poderia imaginar um final melhor”, declarou Nasr ao final da competição vencida por Renger Van Der Zande/Jordan Taylor/Ryan Hunter-Reay, com um Cadillac DPi-V.R.

O Joest Mazda de Di Grassi/Jarvis/Nuñez, segundo colocado na prova (Divulgação)

O Joest Mazda de Di Grassi/Jarvis/Nuñez, segundo colocado na prova (Divulgação)

A prova final da temporada IMSA teve a presença de vários brasileiros além de Christian Fittipaldi e Felipe Nasr: Lucas Di Grassi que estreou na categoria conquistando o segundo lugar na classificação geral  dividindo o Joest Mazda DPi com Oliver Jarvis e Tristan Nuñez, e Helio Castro Neves foi quinto, compartindo o Acura DPI #7 com Rick Taylor e Graham Rahal.

Prefeitura garante Endurance em Interlagos até 2026

Em visita ao Japão, para acompanhar a prova 6 Horas de Suzuka, o prefeito Bruno Covas assinou compromisso com os organizadores do Campeonato Mundial de Resistência (WEC) para realizar a etapa brasileira do torneio por seis temporadas, entre 2020 e 2025. A medida garante a funcionalidade do Autódromo de Interlagos pelo futuro próximo e lança a possível candidatura de Covas a um novo mandato, duas situações opostas ao seu predecessor no cargo. João Dória, atual candidato o governo do Estado, abdicou do cargo de prefeito após 15 meses de atuação e defendia a transformação da pista paulistana em um condomínio.

Nicolas Duduch (E), Bruno Covas e Bruno Senna em Suzuka (Divulgação)

Nicolas Duduch (E), Bruno Covas e Bruno Senna em Suzuka (Divulgação)

A edição 2018 das 6 Horas de Suzuka valeu como quarta etapa da temporada 2018/2019 da especialidade e marcou a volta de Bruno Senna ao cockpit de um dos carros da equipe Rebellion. O paulista ficou em terceiro lugar, em dupla com o alemão André Lotterer e o suíço Neel Jani; a vitória ficou para o  Toyota do inglês Mike Conway, do local Kamui Kobayashi e do argentino Jose Maria Lopez. O resultado de Senna mantém um bom índice de aproveitamento em provas do WEC no Japão: anteriormente ele havia vencido duas provas e terminado outra em segundo.

Facco vence com buggy brasileiro no Paraguai

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Humberto Ribeiro (E) e Luis Facco celebram vitória no Paraguai (ML PhotoSport)

Inscrito inicialmente com um Mitsubishi ASX, o paulista Luis Facco decidiu estrear seu Buggy V8 na disputa da terceira etapa do Campeonato Paraguaio de Rally e venceu com relativa facilidade o Desafio Ñeembucú2018, competição disputada na região de Pilar do país vizinho.

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O buggy V8 construído pela Família Giaffone em Cotia (JJLópez/Puromotorpy)

Em sua terceira atuação nesse país, Facco e Ribeiro tripularam o buggy equipado com motor V8 e tração traseira desenvolvido pela JL, empresa da família Giaffone, e derrotaram 21 rivais que competiram com pickups e UTVs. A dupla brasileira gastou 5h26’13” para percorrer o percurso total da prova no menor tempo entre os concorrentes de automóveis, tempo referente a soma do Prólogo, da Especial 1 e Especial 2. Segundo Facco, o percurso foi dos mais completos e exigentes:

“O Desafio Ñeembucú foi uma prova muito boa que teve de tudo, trechos rápidos, estreitos, erosões, lama, terreno pantanoso e nos divertimos bastante. Foi gratificante vencermos essa prova e estamos felizes com o resultado. Em nossa primeira apresentação com o buggy conseguimos nos adaptarmos rapidamente ao carro, cujo desempenho foi surpreendente. Tem muita potência, é bem confiável e tivemos todo o apoio da equipe”.

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