História e Velocidade

A história da Stock Car

Este artigo foi produzido pela equipe Ituran Rastreadores, especialmente para o Grid de Largada.

Primeiramente criada como uma alternativa à extinta Divisão 1 (D1), a Stock Car nem sempre foi uma das principais modalidades do automobilístico no Brasil. Mais precisamente em 1977, poucas eram as marcas que corriam nesta categoria. Algumas delas, como Chevrolet (Opala) e Ford (Maverick), ultrapassaram o desinteresse do público e dos patrocinadores por se tornar uma categoria monomarca, mesmo sabendo da superioridade dos modelos Chevrolet. Sendo assim, a grande General Motors criou uma nova categoria, que unia desempenho e sofisticação. O nome foi um golpe de mestre, pois além de emular o nome da famosa categoria americana, a NASCAR, desviava a atenção da marca única.

No dia 22 de abril de 1979, ocorreu a primeira prova, no Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul. Desde a primeira etapa, a categoria caiu no gosto do público: pois mesclava todo o desempenho e sofisticação em uma categoria Turismo.

coluna_ituran_01_imagem_01Na mesma época Ingo Hoffmann retornava ao automobilismo brasileiro depois de uma passagem pela gigantesca Fórmula-1, onde defendeu a equipe Copersucar-Fittipaldi. Este, hoje com doze títulos de campeão da Stock, passou a dominar a categoria no final da próxima década, logo após se tornar campeão das temporadas de 1989 a 1995. Em tais temporadas, houve um grande número de ultrapassagens, assim como grandes duelos e muita emoção proporcionadas para o público. Centenas de corridas pelos autódromos do Brasil aconteceram, mas a grande consagração da categoria veio em 1982, quando duas provas foram transferidas para o Autódromo de Estoril, em Portugal. Fazendo assim com que o mundo todo tomasse conhecimento de uma nova categoria, criada aqui no Brasil.

Já em 1987, a primeira grande mudança da Stock Car deu as caras nas pistas. Devido a mudança de apoio da GM na organização, passou a ser adotado uma carenagem, criada e montada pela fabricante de carrocerias de ônibus Caio, a qual era inserida em cima do chassi do Opala. Com isso, qualquer dos modelos da competição passaram a ter uma aerodinâmica mais profissional, influenciando totalmente no desempenho do veículo e não só do piloto. Ao mesmo tempo, os equipamentos de segurança ficaram mais sofisticados com o intuito de chamar a atenção de novos possíveis pilotos para as futuras gerações da categoria.

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Em três anos, o sucesso da Stock é tão grande que a GM passa a investir pesado na categoria, iniciando assim a construção da seu próprio protótipo monobloco em sua fábrica. Já em 1994, o Omega passa a ser inserido nas pistas, trazendo assim uma nova cara para a Stock Car. Numa estratégia de marketing e para diminuição de custos, agora as corridas eram todas realizadas em rodadas duplas com a Fórmula Chevrolet. Tal evento passou a se chamar Chevrolet Challenger, cujos ingressos eram gratuitos e distribuídos nas concessionárias de veículos da marca.

Finalmente, no ano de 2000, a Stock Car entrou em uma nova era com a administração da Vicar. Uma certa profissionalização passou a ser tomada tanto dentro quanto fora das pistas, dando os primeiros passos até se tornar a principal categoria do automobilismo nacional. Visando conquistar novos públicos, uma parceria com a Rede Globo também impulsionou o sucesso da Stock Car, que passou a atrair mais pilotos, equipes e patrocinadores. 90 empresas viram no evento uma importante ferramenta de marketing de relacionamento, trazendo assim mais investimentos para a principal categoria de corrida nacional.

No ano de 2007, a quarta grande marca de carros passa a fazer parte das competições. O modelo 307 sedan era a nova sensação entre os competidores. Além disso, um novo nome foi dado para a competição: Copa Nextel Stock Car com uma premiação milionária de R$ 3,5 milhões em prêmios distribuídos para as três categorias ao longo da temporada. A nova geração estava marcando presença nas pistas: Cacá Bueno sagrou-se bicampeão da categoria com uma etapa de antecedência em uma temporada pra lá de emocionante. Outros pilotos como Nonô Figueiredo (patrocinado pela Ituran Rastreadores) também fazem parte dos grandes nomes das pistas atuais.

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Hoje em dia, a categoria está repleta de novidades, com motor de injeção eletrônica Bosch, utilização do etanol Esso como combustível, pneus da Goodyear e do push-to-pass, para tornar as provas ainda mais emocionantes na parte técnica. Com investimentos da Caixa, as competições receberam, novamente, um novo nome: Copa Caixa Stock Car, que com as mudanças feitas nos últimos anos reforçaram ainda mais a Stock Car como uma das melhores disputas do mundo.

Imagens via Running News, Blog Groupon, Red Bull.

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